POTENCIAL TURÍSTICO DE CABO VERDE

Considerado setor estratégico para o desenvolvimento sustentado de Cabo Verde, o turismo conheceu nos últimos anos um incremento assinalável. Os hotéis cabo-verdianos encontram-se já entre os mais ativos de África. Segundo dados governamentais, a taxa de ocupação média a nível nacional é superior a 60 por cento.

Em Santiago, essa taxa ronda os 70 por cento em unidades de quatro estrelas e 35 por cento em termos de unidades de categoria inferior.

Em São Vicente, segunda ilha do arquipélago em termos de importância econômica, essa taxa situa-se nos 50 por cento.

Na Ilha do Sal, principal pólo turístico de Cabo Verde, a taxa de ocupação ronda os 60 por cento variando como em Santiago entre uma maior ocupação em hotéis de “luxo” e as unidades menores.

No resto das ilhas, a ocupação média baixa para os 35 por cento. Apesar da aposta no turismo como um dos eixos de viabilização da economia cabo-verdiana ser bastante recente (década de 90), a oferta hoteleira já é bastante razoável sendo a Ilha do Sal aquela que devido à sua vocação turística e ao aeroporto internacional, possui a maior capacidade de alojamento.

Os estabelecimentos distribuem-se em todo o país por hotéis, apartamentos, residenciais e pensões, sendo estes últimos os que mais se encontram em concelhos onde o setor começa a dar os seus principais passos.

Para quem vai a Cabo Verde para gozar as suas merecidas férias ou mesmo em negócios, a oferta em nível de preços é igualmente muito variável e abordável para qualquer bolsa.

No entanto, a oferta turística não se esgota nas unidades hoteleiras, multiplicando-se pelas diversos componentes do setor. Esta dinâmica reflete-se nas várias agências de viagens e operadores, nas empresas de rent-a-car, na oferta de desportos náuticos, na animação noturna virada para a promoção da cultura cabo-verdiana, nos centros de produção e de artesanato, nas discotecas, bares, etc.

O desenvolvimento recente deste setor não se resume unicamente ao aumento da capacidade da oferta nacional. O aproveitamento das condições naturais do arquipélago, a sua situação geo-estratégica e a características do povo crioulo têm uma repercussão nos indicadores econômicos. Mas, ao contrário do que se possa pensar, Cabo Verde não é apenas praia e sol. O visitante que chega ao arquipélago poderá sair de umas águas límpidas e mornas para logo, em seguida, escalar uma montanha, percorrer percursos pedestres ou ainda passear deliciando-se com a diversidade da cultura crioula.

Insularidade, localização geográfica, amenidade do clima, recursos naturais virgens, contrastes paisagistas e estabilidade social são fatores que fazem de Cabo Verde um destino turístico por excelência.

Com três grupos de ilhas claramente identificadas (praia, montanha e praia e montanha), Cabo Verde é um destino essencialmente de descanso devido a tranqüilidade dos seus lugares e do seu próprio povo. No entanto o produto de praia e mar é, sem dúvida, o produto mais conhecido, não fosse este país um arquipélago.

Com praias de areia branca e águas tépidas e transparentes, as ilhas orientais, Sal, Boavista e Maio, oferecem as suas longas costas para todo o tipo de atividade cujo o fator comum é o mar. O denominado turismo de circuitos encontra caminho em muitas ilhas. Entre uma praia e a montanha, passando por vales verdes ou áridos de uma beleza própria, o visitante tem a sua disposição um naipe alargado de trajetos, que, pela a sua diversidade, garantem um produto de muita qualidade.

Ilhas como S.Nicolau, S.Vicente e Santiago são recomendadas pelos contrastes paisagísticos que oferecem.
Santo Antão, Fogo e Brava, ilhas montanhosas, despertaram também o interesse dos turistas amantes de escaladas, percursos pedestres ou mesmo a cavalo. É o turismo, ecológico, da natureza ganhando terreno num país ainda virgem e onde o “culto” de ecologia é tão natural como o ar sem poluição que se respira em todo o arquipélago.

A música, principal embaixadora de Cabo Verde, além fronteiras, também é outro dos aspectos que atrai muitos turistas a Cabo Verde sobretudo nos festivais de verão que aparecem um pouco por todas as ilhas, tais como o Festival da Baía das Gatas em S.Vicente, o festival de Gamboa em Santiago ou ainda o Festival de Santa Maria, no Sal.

O artesanato é outro subproduto muito apreciado, dos produtos de barro à panaria, passando pela pintura e outras manifestações.

Conhecer Cabo Verde é principalmente conhecer os seus hábitos e costumes evidenciados nas festas tradicionais espalhadas por todos os recantos do país. Podemos realçar o Carnaval de Mindelo, que atrai dezenas de turistas anualmente.
Como se pode constatar, o Cabo Verde turístico não se esgota no sol e na praia. Os produtos turísticos que o país oferece multiplicam-se pelas ilhas, sob o manto protetor da estabilidade política e social sempre reinante que por si só já é um produto de qualidade ímpar.

Principais Oportunidade de negócios:
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