São Nicolau, situada a norte do Arquipélago, a ilha tem 343 Km². A sua largura máxima são 25 Km no sentido Norte/Sul e cerca de 50 Km de comprimento no sentido Este/Oeste. É uma ilha com um passado vulcânico muito ativo, o que dá a forma atual da ilha e, como a ilha de Santo Antão, é muito imponente e majestosa, com um relevo muito acidentado sendo o Monte Gordo, de 1304 metros o seu ponto mais alto, onde confluem dois maciços montanhosos.
Na Ilha de São Nicolau existe uma forte diversidade paisagística: enquanto que o oeste da Ilha é verde, de forte atividade agrícola, o leste é muito mais árido e menos povoado.
Uma paisagem montanhosa alterna com praias de areia negra, como p. ex. a de Escaba – a mais famosa e linda praia nesta ilha. A excepcional abundância de peixes (sobretudo espadarte, veleiro, serra e atum), atrai também todos os anos um número elevado de pescadores de diversos países do mundo.
Uma das atracões turísticas mais próprias de São Nicolau são os dragoeiros, em número superior à centena, que se ergueram como símbolo da ilha.
Os vales são, regra geral, estreitos e profundos, com excepção do Vale da Fajã, suficientemente largo para o desenvolvimento de uma importante atividade agrícola.
O seu povoamento iniciou-se no Séc. XVII, depois de Santiago e Fogo, pois, juntamente com Santo Antão, eram as ilhas onde havia mais água e, consequentemente, mais potencialidades agrícola e pecuária.
Durante muitos anos foi o centro da intelectualidade cabo-verdiana, e também o berço do movimento literário “Claridade”, um marco para a literatura cabo-verdiana, fundado por nomes como Baltasar Lopes, Manuel Lopes, João Lopes e Jorge Barbosa, em 1936.